Hélio Alves é Professor na Faculdade de Letras de Lisboa. Uma voz que se junta a milhares de outras vozes, para a dizer o mesmo: o lugar do AO90 é o caixote do lixo.
Não sei do que os governantes e o presidente da nossa desventurada República estão à espera, para mandarem às malvas um acordo que não é acordo, um acordo ilegal, um acordo que não serve os interesses de Portugal, e é chegado o momento de dizer BASTA e EXIGIR o fim desta FARSA!
Foi uma vergonha o que se passou naquela entrevista, a que Hélio Alves alude no seu texto. A pergunta foi mal redigida, talvez propositadamente, tendo os candidatos uns escassos segundos para um sim ou não de passagem (isto não é prática de BOM JORNALISMO), porque sendo o AO90 ilegal, nada há para rever, para reverter, para seguir, até porque este acordo nada tem a ver com unificação ortográfica, algo absolutamente impraticável, como já se comprovou, mas tem a ver tão-só com interesses políticos muito obscuros.
DESACORDISTAS, precisamos de unir-nos, para derrubarmos a DITADURA ORTOGRÁFICA, implantada em Portugal, por ditadores disfarçados de democratas, agora que a política do posso, quero e mando foi reforçada, com a maioria absoluta daqueles que se arvoram donos da Língua Portuguesa.
Vamos deixar que isto aconteça?
Passemos ao texto de Hélio Alves, o qual subscrevo, palavra por palavra.
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://www.facebook.com/helio.alves.7946/posts/4980331398653801
Hoje, em Portugal, são muitos aqueles que não sabem escrever correCtamente a sua Língua Materna. Desde o menino da escola primária, aos que podem e (des)mandam no Parlamento Português. Contudo, existem muitos mais a escrever como deve ser.
E anda por aí o Instituto Camões a vender gato por lebre e a dizer que “Há um crescimento generalizado da Língua Portuguesa em diferentes latitudes», e isto não corresponde à verdade. A verdade é que andam por aí a chamar Português, a uma linguagem que se grafa à brasileira, distanciada da matriz greco-latina, de que o Português europeu é originário, e, portanto, já deixou de ser portuguesa.
Origem da imagem: https://twitter.com/100penemcabeca
A língua que se grafa por aí, promovida pelo inúteis Instituto Camões e Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), entre outras entidades e governantes, presidente da República e ministro português dos Negócios DOS Estrangeiros incluídos, que estão ao serviço da Brasilidade, é exclusivamente brasileira, à excepção dos hífens e acentos que, com o AO90, são comuns a ambos os países: Brasil e Portugal, e algumas palavras, que no Brasil se grafam correCtamente, e em Portugal grafam-se à parvo, como receção, exceto, aspeto, espetador (por espeCtador), ótico (por óPtico) enfim, uma parvoíce inacreditável.
O ministro dos Negócios DOS Estrangeiros, Augusto Santos Silva (uma espécie de kapo de serviço, para a Destruição Total da Língua Portuguesa (DTLP), apontado para continuar o "trabalho" de aniquilar a Língua no próximo Governo, e esperemos que já lá não esteja, por ser o principal propagandista do maior desastre linguístico ocorrido em Portugal, e não deve continuar no (des)governo do País), afirmou ao Expresso que «os sistemas de ensino, editorial, jurídico e científico estão hoje sintonizados e a concertação político-diplomática com os outros países de língua portuguesa nesta matéria é ainda significativa. (...) não se afigura a necessidade ou a oportunidade de, no momento, efectuar uma reversão», o que não corresponde à verdade. Tudo isto é mentira, senhor ministro. Nada, nem ninguém está sintonizado, muito menos há concertação político-diplomática com os outros países de Língua Portuguesa, portanto afigura-se a necessidade urgente de seguir as pisadas de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe (que se está nas tintas para o AO90) e agora o Brasil, e mandar às malvas o “acordo” mais desacordado de sempre.
A quem pretende enganar, senhor ministro Augusto Santos Silva?
A propósito do episódio protagonizado, há dias, pelos partidos de esquerda e de direita unidos, com o PS de fora, no que respeita à aprovação da contagem integral do tempo de serviço dos professores, ouviu-se Santos Silva referir-se a esta dita “coligação negativa” e ao que ela aprovou, que era algo ilegítimo, imoral e inconstitucional, esquecendo-se o senhor ministro de que ilegítima, imoral e inconstitucional é a imposição do AO90 em Portugal, que está a destruir a Língua Oficial dos Portugueses, e com isto ele, Santos Silva, não está nada, nada, nada preocupado, e a ilegitimidade, a imoralidade e a inconstitucionalidade aqui já é admissível? A governação é pautada, vergonhosamente, por dois pesos e duas medidas.
O Grupo de Trabalho constituído pelo Parlamento, para estudar a aplicação das novas regras para a Língua Portuguesa, recomenda alterações no AO90. O PS é o único partido que não quer que se mexa nisto, talvez porque mexer nisto implique algo que o PS tenta esconder, deixando, porrém, o rabo de fora.
Uma década depois de entrar em vigor, o acordo pode voltar à estaca zero? Devia ter voltado há muito. Desde o início que se sabe que o AO90 é um descomunal erro gráfico, uma aberração, um verdadeiro aborto, sem pés nem cabeça, mas, essencialmente, uma monumental fraude. Andaram todo este tempo a brincar ao quê?
O AO90 não tem qualquer futuro, e agora que o Brasil está em vias de o rasgar, o que restará para manter? Portanto, recomendar “alterações” é recomendar que se remende o que está absolutamente esburacado, falhado, em todos os sentidos e em todos os países. O AO90 tem de ser revogado, e quanto mais depressa melhor, porque o futuro é já amanhã, e o ontem foi um falhanço absoluto.
Passados dez anos de destruição da Língua Portuguesa, o AO90 não deve ser alterado. Deve ser rasgado. Simplesmente rasgado, porque o AO90, não tendo pés nem cabeça, é um enjeitado pela maioria dos países de expressão portuguesa, e como tal, inviável.
Por que haveria Portugal de ficar parvamente só a segurar ao colo este aborto ortográfico?
Isabel A. Ferreira
Texto de Francisco João DA SILVA
Isto é faCtual!
Foi sim, José Sócrates, actualmente acusado pelo Ministério Público, em Portugal, de numerosos crimes, usurpando poderes que NÃO tinha e que, muito menos, NÃO lhe eram conferidos pela Constituição da República Portuguesa (CRP), que, através duma Resolução do Conselho de Ministros (RCM 8/2011) cometeu um crime de lesa-língua portuguesa e de atentado ao Estado de Direito (artigo 9 da Lei Nº 34/87).
Isto ao mandar aplicar a grafia brasileira, sub-repticiamente através do que chamam muito pomposamente AO1990, de maneira ditatorial, ilegal e inconstitucionalmente, apenas a serviços administrativos e escolares dependentes do Estado, e JAMAIS à Justiça, Tribunais (INDEPENDENTES do Poder Executivo, é bom não esquecer), à Sociedade Civil, às empresas, à Imprensa, a Associações sediadas em Portugal ou no estrangeiro, nacionais, aos particulares etc., etc., etc., através dum despacho meramente normativo autónomo, isto é a RCM 8/2011 supra citada, e como é óbvio, sem qualquer força de LEI, repito, pelo menos num Estado de Direito.
Como é que se pôde manipular a opinião pública e os diversos actores da vida nacional com esta GIGANTESCA “fake new”? A Culpa é do Trump? Ou do Putin?
O pretenso acordo ortográfico NÃO está em vigor!
Numerosos professores, escritores, jornalistas, advogados, juristas, actores, etc., sabem-mo perfeitamente, mas, aparentemente preferem paCtuar com a ilegalidade e não têm coragem para defender o Estado de Direito, visto que a sua Constituição foi violada grosseiramente, entre outros, pelo político supra-indicado e que em breve deverá responder pelos crimes de que é acusado pelo Ministério Público, perante o poder judiciário, o qual é independente do Poder Executivo, pelo menos que eu saiba.
Aparentemente o poder judiciário no Brasil mostra o caminho, ou seja, que os políticos não estão acima das leis (que, aliás, eles próprios votam na Assembleia da República...).
Esse dialeCto estatal (AO1990) não é obrigatório para ninguém, pois é ilegal e inconstitucional.
A língua oficial da República Portuguesa é o Português grafado à portuguesa, não é, e nunca será a Ortografia Brasileira, que pertence aos Brasileiros, que a deveriam chamar pelo seu verdadeiro nome, ou seja: Língua Brasileira. Já é tempo de o assumirem!
Mas a IMPRENSA, em geral, esconde estes factos ao Povo Português.
Porquê?
44 anos depois do 25 de Abril, será que têm novamente medo, da Ditadura Ortográfica?
Sim! Sim! Apenas por Decreto-Lei da Assembleia da República se pode legiferar (pelo menos num Estado de Direito) e não em Conselho de Ministros.
Como o Decreto-Lei Nº 35.228 de 8 de Dezembro de 1945, que pôs em vigor a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, não foi revogado por outro Decreto-Lei, da Assembleia da República, o anterior continua em vigor, na ordem jurídica nacional e internacional.
Só por esse facto (mas há muitos mais) o pseudo e bastardo "Acordo Ortográfico - AO1990", não está em vigor, é ILEGAL e INCONSTITUCIONAL.
Portugal e o povo português estão cada vez mais dominados por interesses financeiros, que nem o Património Imaterial de Portugal respeitam: a Língua Portuguesa e a sua MATRIZ fazem parte DESTE PATRIMÓNIO.
Frederico Duarte Carvalho, expõe claramente esta e outras temáticas (político-financeiras) através do seu Livro "O Governo Bilderberg”, aquilo que outros descrevem de outra maneira: «De súbito os Portugueses descobriam uma perversa aliança entre figuras de primeira linha do poder político, do poder financeiro e do poder económico» (in Caso Sócrates). Ou seja, «Uma investigação exaustiva apoiada em documentação oficial e inédita do Arquivo Salazar, do arquivo da Presidência da República, do arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros», etc..
Este novo crioulo português é apenas um dialeCto estatal e está a destruir a Matriz da Língua Portuguesa, a qual se originou em Portugal e não no Brasil.
Em Portugal escreve-se e escrever-se-á sempre Português culto e europeu.
Os outros países que façam o que quiserem da Língua Portuguesa! É o direito deles e igualmente problema deles. Mas em Portugal a maioria da população quer manter as suas raízes, a sua Cultura e a sua Língua.
E lutarão por isso! E as gerações futuras igualmente.
As ditaduras (incluindo as ortográficas) não se combatem. DERRUBAM-SE!
Os políticos passam, mas a Nação portuguesa e os descendentes dos portugueses dignos e verticais continuarão a existir e revogarão esta vergonha que nenhum outro país infligiu ao seu próprio património. Portugal é único, até neste tipo de descalabro nacional e internacional.
Qualquer outro país sentir-se-ia ENVERGONHADO. E em Portugal? Assobia-se para o lado!
O chamado AO199O é, na verdade, um AVATAR da língua brasileira, a qual vestiu ilegal e inconstitucionalmente a pele do Português culto e europeu.
A Língua Oficial da República Portuguesa continua a ser o Português culto e europeu, grafado à portuguesa e não à brasileira, disfarçado de "Acordo Ortográfico"!
Vejam lá se percebem, finalmente, porque é que a matriz da Língua Portuguesa está a ser destruída politicamente, isto é, por razões financeiras.
O Património Imaterial de Portugal (do qual a Língua Portuguesa é parte integrante, segundo a Convenção da UNESCO) está igualmente a ser "vendido" ao desbarato!
Ver aqui este artigo publicado no Blogue de Isabel A. Ferreira:
O que fizeram da Revolução de Abril?
Caros Amigos,
Podem escolher:
1 – Lutar como portugueses dignos e verticais e defender a Pátria de Fernando Pessoa dos traidores;
ou:
2 – Assobiar e olhar para o lado, se é o vosso “campeonato”.
Nunca é tarde para recuperarem o que é vosso, o que é nosso e dos vindouros.
Bem-haja!
Abraços cordiais.
Francisco João DA SILVA (livre pensador)
Um texto lúcido que vale a pena ler.
«Vanguardismo de opereta»
Por Pedro Correia
«Alguns apologistas do chamado acordo ortográfico defendem-no com zelo passional alegando que o fazem em nome do progresso. São incapazes de perceber que o progresso nada tem a ver com isto. Ou até terá, mas no sentido contrário ao que pretendem.
Progresso tem a ver com literacia. E as sociedades com maiores índices de alfabetização são precisamente aquelas que têm uma ortografia consolidada há séculos e jamais necessitaram de “reformas” unificadoras neste domínio. Britânicos e norte-americanos, por exemplo, nunca precisaram de acordo algum para limarem as suas notórias divergências ortográficas, que não constituem obstáculo para a compreensão mútua – pelo contrário, só enriquecem o inglês partilhado pelos compatriotas de Shakespeare e Mark Twain, cada qual com o seu sotaque.
Quanto mais estabilizada estiver a ortografia de uma língua, maior é o correspondente índice de alfabetização dos utentes desse idioma. E o inverso também se aplica em países como o nosso: Portugal produziu três profundas reformas ortográficas em menos de um século sem com isso deixar de ser um dos países com menores índices de literacia da Europa.
Pensei em tudo isto ao ler o mais recente comunicado da Procuradoria-Geral da República, alusivo à audiência que o director do Jornal de Notícias solicitou a Joana Marques Vidal. Neste comunicado, Afonso Camões é alternamente referido como “director” e “diretor” do referido matutino.
Se ao mais elevado nível das instituições estatais perdura a indefinição sobre a ortografia, não custa imaginar as incertezas do cidadão comum sobre este mesmo tema. Pouco admira, portanto, que tantas “reformas” acabem por fabricar legiões de analfabetos funcionais, incapazes de redigir o mais simples texto de acordo com o quadro normativo. Porque a norma, nesta matéria, continua a oscilar ao sabor de vontades políticas de ocasião: muda o regime, logo muda a ortografia.
Foi assim na transição da monarquia constitucional para a I República, e desta para o Estado Novo, e da ditadura para a democracia.
Os que insistem em abolir as chamadas consoantes mudas, arrancando as raízes etimológicas da escrita como se fosse um indício de progresso, estão afinal condenados a perpetuar os humilhantes padrões de iliteracia vigentes entre nós. O fosso entre o nosso idioma e as grandes famílias ortográficas europeias não é sintoma de avanço, mas de retrocesso civilizacional.
Entretanto, os auto-intitulados “progressistas” que tanto se gabam de escrever “diretor”, como se fosse o último grito da moda, continuarão a escrever “director” em inglês, “director” em espanhol, “directeur” em francês e “direktor” em alemão.
O “progresso” ortográfico, à luz deste vanguardismo de opereta, termina algures na ligação rodoviária entre Elvas e Badajoz.»
Fonte:
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/vanguardismo-de-opereta-7043236
Os governantes defendem o AO90 com uma teimosia irracional.
E este tipo de teimosia é uma doença que, não sendo incurável, é resistente à terapêutica da Razão, da Lógica e do Bom Senso.
Por isso, há que continuar a injectar esses antídotos, até que a cura aconteça.
Até que deixemos de ser aquela República dos que se estão nas tintas para Portugal.
Isabel A. Ferreira
Origem da Imagem: Internet
. «Vanguardismo de Opereta»...
. A teimosia irracional de ...