… algumas considerações ao acaso…
Basta de tentar esconder a verdade, porque a verdade é tão óBvia, que até um cego de nascença a vê à distância, num nevoeiro cerrado…
Apenas os cegos mentais não a vêem.
António Costa, o presidente da República, os tribunais (que não emitem sentenças em prazos razoáveis, como manda a Lei) e o pseudo-grupo de avaliação do impacto do AO90 estão a apostar na passagem do tempo e na irreversibilidade do processo que levou à substituição da grafia portuguesa pela grafia brasileira (e isto é um facto comprovado).
Mas… existe um mas, porque só a morte é irreversível, e assim como se andou há-de desandar-se, porque valores mais altos se levantarão e não permitirão que se vá de cavalo para burro, apenas porque uns poucos ignorantes assim o querem, e uns espertalhões encham os bolsos.
Sabemos que a SIC está tomada pela brasilidade. É uma das estações televisivas que mais maltrata a Língua Portuguesa, depois da RTP. Estas escolas púbicas parecem vir de quem tem pôbremas de linguagem… (Onde é que eu já ouvi isto?)
Os erros de Português são às carradas nos órgãos de comunicação social. Uma autêntica vergonha que só diz da ignorância dos envolvidos. Quem não sabe escrever e decifrar o que se escreve, vá tratar de outra vida, porque cada um é para o que nasce.
Já vi escrito, por exemplo, “suntuoso” e “invita” em Portugal, e isto não significa nada. Não são palavras que façam parte do léxico da Língua Portuguesa. Escrever isto, é o mesmo que escrever “pessicolo". Palavras sem história, sem raiz, sem sentido algum.
Temos de respeitar a grafia brasileira? Temos. Sim, temos de respeitá-la, mas não lhe chamemos Português, porque isto a ser alguma coisa, será um dialecto (= VARIANTE) que os brasileiros criaram, a partir da Língua Portuguesa - Leite de Vasconcelos dixit.
Temos de adoptar a Variante Brasileira da Língua Portuguesa, na sua forma grafada, em Portugal? Não temos. Não, porque Portugal tem uma Língua, e passar de uma Língua para um dialecto seria ir de cavalo para burro.
Qual será o critério utilizado no Brasil, para mutilar umas palavras e outras, não? Dizem recePção, mas "suntuoso"... Pois... Em italiano isto diz-se "sontuoso", e recePção, diz-se "reception". A italianização é uma possível resposta.
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Se até os Brasileiros cultos o dizem! Aplicar o AO90 em Portugal é aplicar a ortografia brasileira quase na íntegra, naquilo que diz respeito às consoantes mudas, à excePção de excePção e recePção (e palavras delas derivadas) espeCtadores, e outros vocábulos em que eles lêem as consoantes e nós não. É claro que os brasileiros continuarão a grafar excePção, recePção, espeCtadores, Antônio, e os seguidistas acordistas portugueses grafarão receção, espetador, António. E isto, dizem os acordistas, é para UNIFICAR as duas grafias, o que leva a outra ignorância: desconhecem o significado de UNIFICAR.
Veja-se, por exemplo, o absurdo que se encontra na Infopédia da acordizada Porto Editora:
Aspeto (isto lê-se âspêtu)
as.pe.to
ɐʃˈpɛtu
nome masculino
Do Latim aspectu
E agora vem o mais inacreditável:
Também se pode escrever aspecto.
Não, aquele TAMBÉM SE PODE foi completamente ao lado.
O que SE DEVE é escrever aspeCto.
O "TAMBÉM SE PODE" é apenas para os acordistas que, IGNORANTEMENTE, escrevem aspeto (âspêtu), que não tem significado algum.
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E só diz o contrário quem desconhece a grafia brasileira e o que está na génese deste falso acordo, acordado entre Bechara e Malaca, ou de quem quer atirar areia para os olhos dos Portugueses. Para este acordo não foram tidos nem achados linguistas angolanos, moçambicanos, timorenses, são-tomenses, cabo-verdianos, guineenses, como seria desejável. Os países lusófonos são oito. E só dois, com o Brasil na dianteira, estiveram a engendrar isto.
Os "pais" deste imbróglio, iniciado pelo editor brasileiro, Antônio Houaiss, foram o Evanildo Bechara (Brasil) e Malaca Casteleiro (Portugal), que se algum dia foram linguistas, deixaram de o ser, no dia em que decidiram tramar a Língua Portuguesa.
Basta de pretenderem atirar areia para os olhos das pessoas.
Com o AO90, no Brasil, apenas se modificou alguns acentos e hífenes. De resto, os Brasileiros escreverão como sempre escreveram. E os Portugueses? Os Portugueses SERVILISTAS, e apenas estes e as desventuradas crianças escreverão “à brasileira” para fazer o jeito a alguém, até ver...
E disto não há a menor dúvida.
O que se passa, diz e muito bem Luís Bigotte de Almeida:
«O que se passa é a falta de investimento no ensino da Língua Portuguesa e o facilitismo na progressão no ensino secundário para evitar as, agora chamadas, "retenções" (Ah! Ah! Ah!). O AO90 é absolutamente irresponsável, mas apoia-se na iliteracia que é evidente no país e cuja "incubadora" (para usar outro meme na moda) tem sido a ignorância que é maioritária.»
Isabel A. Ferreira
Na entrevista feita pelo acordista Jornal Expresso a Luís Faro Ramos, presidente do “Camões” – Instituto da Cooperação e da Língua (mas qual língua?) li que fazer do Português uma das línguas oficiais da ONU é uma aposta estratégica do Governo (mas qual governo?). E esta foi uma das razões que levaram Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios dos Estrangeiros, a nomear pela primeira vez um diplomata para dirigir o instituto que tutela a língua e a cooperação.
E aqui colocam-se algumas questões: o tal “Camões” que agora é cooperador dos verdugos da Língua Portuguesa, nesta questão, estará a servir os interesses de quem? De Portugal, como Estado soberano e independente de influências estrangeiras, ou do Portugal subserviente aos interesses do Brasil?
É que a Portugal só interessa apresentar na ONU a Língua Materna Portuguesa, na sua versão culta e europeia, para não destoar das restantes Línguas Maternas cultas (algumas europeias) que fazem parte das línguas oficiais da ONU, a saber: o Inglês (de Inglaterra e não das ex-colónias); o Francês (de França e não das ex-colónias); o Chinês (o mandarim e não nenhum dos dialectos chineses); o Espanhol, (de Espanha e não das ex-colónias); o Árabe culto e não nenhuma das suas variantes; e o Russo, Língua Materna da Rússia e de vários outros países da Eurásia, e não nenhuma das suas variantes.
Ora não podemos apresentar na ONU outra língua que não seja a Língua Materna de Portugal, que é a Língua Portuguesa na sua versão falada e escrita, culta e europeia, e não na variante ortográfica brasileira que tem implicações com a oralidade (por exemplo, os que escrevem “direto” terão forçosamente de ler “dirêto”, sob pena de estarem a pronunciar mal o monstrinho ortográfico), e a qual andam a impingir aos Portugueses.
Sabemos que a aposta estratégica do Governo é a de apresentar à ONU a versão brasileira da Língua Portuguesa, no que respeita à ortografia, até porque foram os Brasileiros que tiveram a ideia primeiro, porque acham que eles são milhões, e nós, os outros escreventes e falantes lusófonos, que incluem os Angolanos, Moçambicanos, Timorenses, Cabo-Verdianos, São-Tomenses e Guineenses somos apenas milhares. Por isso, é tão importante para Santos Silva que os portuguesinhos aceitem o AO90 sem barafustar. A negociata passa por este pormenor. Por isso, o nosso ministro dos negócios DOS estrangeiros anda tão empenhadíssimo nesta negociata, e o “Camões” (quanto desprestígio para o Poeta!) ajuda a esta “missa (ão)”.
Portugal não pode impor-se internacionalmente com uma variante da Língua Portuguesa. Seria o desprestígio total. E penso que a ONU descartará essa possibilidade, a exemplo do que já fez o Vaticano: a Língua Portuguesa deixou de ser língua de trabalho na Cúria Romana, por ter perdido o seu cunho de língua culta europeia...
(Ler notícia aqui)
A Santa Sé fartou-se do Acordo Ortográfico 1990
Lusofonia: bispos lamentam suspensão do uso da Língua Portuguesa nos processos de canonização
Seria uma vergonha, um país europeu impor-se internacionalmente com uma variante ( = dialecto) da Língua Portuguesa, e não com a Língua Materna, como todo os outros países.
Isabel A. Ferreira
. Continuando a demonstrar ...