Tendo em conta que se por todas as sessões do Gladiador II forem esperados milhares de espetadores, que para imitar a personagem do filme – que usa uma bela espada para espetar os seus adversários nas lutas que trava ao longo do filme – levarem a sua própria espada para espetarem também (o quê? ainda não sabem o quê) ou simplesmente para se exibirem como espetadores que são, é de prever que o negócio do fabrico de espadas vá prosperar bastante.
Se a moda pega, até porque exibir uma espada faz de um espeCtador um espetador (*), vamos ver muitos espetadores também no futebol e noutros tipos de espeCtáculos.
(*) Atenção! Espetador, que se lê isp’tâdôr, NÃO significa aquele que assiste a um espeCtáculo, mas sim aquele que espeta seja o que for, com um instrumento pontiagudo, por exemplo, como os toureiros, que são profissionais em espetar, pois espetam os Touros com bandarilhas e espadas.
Para quem não sabe, a palavra espetador é atribuída apenas aos parvos, a quem disseram que com o AO90 é para cortar os cês e os pês, e eles nem olham a que palavras.
Os Brasileiros, que mutilaram uma quantidade infinita de palavras, grafam à portuguesa a palavra espeCtador, porque pronunciam esse cê, tal como eu sempre pronunciei. Porque não? Mas os Angolanos não pronunciam o cê, mas escrevem-no, como mandam as regras da Gramática Portuguesa. As regras acordistas são um chorrilho de disparates.
Com a ascensão do AO90, que foi introduzido em Portugal para DEFORMAR a Língua Portuguesa, com o argumento de vir uniformizar o Português, Língua oficial de oito países ditos lusófonos – ma non tropo, pois, não podemos esquecer-nos dos inúmeros dialectos que os povos de todas as ex-colónias portuguesas falam, e são muitos mais do que aqueles que realmente falam ou escrevem Português , não me venham falar de milhões – essa uniformização foi apenas uma alucinação, que trouxe água no bico, e só os parvos caíram nessa armadilha.
Terminando: a palavra espetador faz parte daquele rol de termos que apenas os parvos escrevem. Eis apenas uma amostrinha: aspeto (âspêtu), exceto (eiscêtu), exceção (eisc’ção), perceção (p’erc’ção), infeção (inf’ção), perspetiva (p’ersp’tiva), inspeção (insp’ção), para (pârâ) [verbo parar] e muitas mais outras que tais assim...
Olhar para estas palavras, assim mutiladas, é como olhar para uma flor à qual retiraram as pétalas que faziam dela uma flor.
As palavras mutiladas NÃO são palavras, são tiras de letras encaixadas umas nas outras sem o mínimo nexo.
Para ler, escrever e falar uma Língua é preciso ter massa cinzenta.
Isabel A. Ferreira
Lapsos toda a gente tem, de vez em quando. Enfim, mas quando são o pão nosso de cada dia!!!!
Vi e ouvi esta notícia.
Vi nas imagens do palanque, o nosso presidente da República; também vi o “nosso Rei” (considero sempre bonito convidar o Senhor Dom Duarte, para determinadas cerimónias embora não concorde nada com ele, no que respeita à tradição monárquica das corridas de Touros, introduzidas em Portugal precisamente pelos Reis Filipinos). Ouvi alguns discursos. E surpreendi-me quando ouvi dizer que Marcelo Rebelo de Sousa não discursaria.
Não discursou porquê? Numa cerimónia que comemora um dos acontecimentos mais marcantes da História de Portugal: a Restauração da nossa INDEPENDÊNCIA, depois de 60 anos sob o jugo dos Reis Filipes de Espanha (II III, IV).
Cogitei: talvez Marcelo Rebelo de Sousa não se sentisse à vontade para discursar sobre a independência de Portugal, num momento em que Portugal perdeu a sua independência linguística para o Brasil, com a sua ajuda.
Que moral teria Marcelo Rebelo de Sousa, para discursar sobre a independência de Portugal, quando renegou a Língua Portuguesa, símbolo maior da nossa identidade e independência, e mantém Portugal subjugado à sua ex-colónia, no que à Língua diz respeito?
Actualmente, Portugal não é um país independente. É um país curvado aos muitos interesses estrangeiros.
Que discurso poderia fazer Marcelo?
Fonte das imagens:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3605829579427243&set=a.474333115910254&type=3&theater
No passado domingo, apeteceu-me, e vi a Gala dos “Globo de Ouro”, na SIC.
E ainda bem que vi, para ouvir o que lá se disse, porque de todo o espectáculo e dos prémios e das elegâncias, de umas coisas gostei, de outras não, e de uma, em particular (homenagem à memória de um torturador de Touros), abominei.
E o que é que o meu gosto ou desgosto interessa? Perguntarão.
Nada. Não interessa nada. Mas, mesmo assim, vou revelar o que gostei de ouvir, e o que me repugnou.
E vou começar pelo que gostei, daí deixar já aqui, antes de mais, o meu preito a Vera Holtz e Marcos Caruso, dois actores que sempre admirei, pelo elevado grau de profissionalismo, e pela simpatia e simplicidade com que se movimentam no mundo do brilho e do glamour…
Origem da foto: Internet
Gostei de ouvir:
Vera Holtz e Marcos Caruso, dois excePcionais aCtores brasileiros, que subiram ao palco para anunciar o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Peça / EspeCtáculo (que foi entregue a ‘Tio Vânia’), e dirigiram-se à plateia, na Língua deles, não sentindo a mínima necessidade de serem servis e falarem à portuguesa, para agradarem ou fazerem-se entender por uma plateia constituída, certamente, na sua maioria, por Portugueses.
Até porque, dizem por aí, que Brasil e Portugal falam a mesma Língua (oficialmente), se bem que com substanciais diferenças na fonética, na fonologia, na ortografia, no léxico, na sintaxe, na acentuação, algo que (oficiosamente) é já Língua Brasileira, mas não há necessidade nem de aportuguesar, nem de abrasileirar as falas, quando falamos uns com os outros.
Por isso, Vera e Marcos merecem o meu aplauso e a minha admiração: honraram a Língua e o País deles - o Brasil.
Não gostei de ouvir:
(Divulgação/ TV Globo)
O aCtor Ricardo Pereira, a entrevistar, em Brasileiro, Vera Holtz e Marcos Caruso, na Gala dos Globos de Ouro, como se eles fossem muito desprovidos de entendimento, como se não entendessem a fala portuguesa, não é mesmo? E o Ricardo Pereira demonstrou, deste modo, que não falamos a mesma Língua, pois se falássemos, não havia necessidade de estrangeirar.
Mas estrangeirou, e foi esta atitude servil que me repugnou. Vera e Marcos não são ignorantes, conseguem perfeitamente entender a fala portuguesa. Não precisam de legendas, nem que um português lhes fale à brasileira, para que o entendam. Ricardo Pereira esteve muito mal: insultou a inteligência dos aCtores brasileiros e desprezou a própria Língua e o seu País, a não ser que já não seja português.
Isto fez-me lembrar o nosso Presidente da República, que, também muito servilmente, no Palácio de Belém, deu, aqui há tempos, uma entrevista à TV Globo falando brasileiro, como se o entrevistador não soubesse Português. E com isto, o PR desonrou Portugal e a Língua Portuguesa. Aposto que jamais Jair Bolsonaro daria uma entrevista à SIC aportuguesando a sua fala.
Gostei de ouvir:
E soou-me bem, os vários Olá, a todos! Naquela plateia constituída por homens e mulheres. Quem assim saudou o público presente no Coliseu dos Recreios é gente que sabe falar.
Não é como uns e outros (ou teremos de dizer uns, umas, e outros, outras?) que andam por aí a parvoar numa linguagem a que chamam inclusiva, para reforçar uma visibilidade ainda reduzida das mulheres no contexto social nacional (foi a explicação que me deram). Então, para dar visibilidade às mulheres, desatam a dizer “olá a todos e a todas”, demonstrando uma gigantesca ignorância da Língua Portuguesa, porquanto o vocábulo TODOS é um substantivo masculino plural, que significa toda a gente, incluindo a Humanidade. Significa totalidade numérica de pessoas (e pessoos?) ou coisas (e coisos?), dizem os dicionários. E um grupo de pessoas pode incluir apenas mulheres, ou apenas homens, ou homens e mulheres, crianças (e crianços?) jovens, e idosos.
Dizer todos e todas é uma muito infeliz redundância, assente na ignorância.
Mas até o nosso primeiro-ministro, que devia dar lições de bem falar a língua do país que representa, um destes dias, a discursar no Algarve, dirigiu-se aos Algarvios e Algarvias, como se os Algarvios não fossem os habitantes (e as habitantas?) do Algarve.
Fico-me por aqui, porque esta parte final já não pertence aos “Globos de Ouro”, que, contudo e obviamente, os adeptos da parva linguagem dita inclusiva, não ganhariam jamais, se houvesse tal distinção para os bons falantes de Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
A União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso decidiu atribuir a medalha de Mérito Cultural à acordista Lúcia Vaz Pedro, que, no JN, costuma divulgar a grafia brasileira, em pseudolições de português.
Neste nosso empobrecido país tudo é possível!
Origem da Imagem:
https://www.jn.pt/artes/interior/lucia-vaz-pedro-recebe-medalha-de-merito-cultural-9361588.html
Bem, hoje em dia, qualquer um recebe medalhas de mérito cultural, até aqueles que vão para uma arena torturar touros para divertir sádicos, recebem medalhas de mérito cultural. E já vi vigaristas e corruptos a receber medalhas de mérito cultural. É só dar uma volta pela Internet.
As medalhas de mérito cultural estão tão banalizadas que, hoje em dia, valem ZERO.
Quem as tem, bem merecidas, devia devolvê-las. Actualmente, para quem realmente as merece, é uma desonra, ter ou receber medalhas de um mérito cultural tão banalizado.
Lúcia Vaz Pedro até poderá ter o seu mérito. Algum mérito terá. Não duvido. Mas mérito cultural? Quem despreza a Língua Portuguesa, base da Cultura Culta, trocando-a pelo dialecto brasileiro, e apresentando aos leitores do JN as maiores ignorâncias gráficas, prestando com isso um péssimo serviço cultural ao País?
Poupem-me!
Isabel A. Ferreira
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