Auto-retrato
Sou rosa silvestre
Nascida em Janeiro.
Sou folha caída
Em tarde invernosa.
Sou vento forte
Que sopra do Norte.
Sou tarde chuvosa,
Sou triste,
Sou só.
Sou vida
De Outono
Que vem e que vai.
Sou Sol que
Não nasce,
Sou nuvem escura,
Sou chuva que cai.
Sou lágrima,
Sou dor,
Sou noite sem lua,
Sou charco da rua,
Sou luz que apagou.
Sou rosa silvestre,
Sou flor delicada,
Que entre a penedia
O tempo esmagou...
Isabel A. Ferreira
***
Esperança…
A Noite veio
e trouxe o silêncio…
As Estrelas vieram
e cintilaram no céu…
A Lua veio
e iluminou os caminhos…
O Vento veio
e soprou de mansinho…
A Chuva veio
e humedeceu as campinas…
As Aves vieram
e cantaram baixinho…
Vieram depois
os sonhos,
os medos,
os segredos…
Vieram até os anjos
de uma corte celeste…
Só tu não vieste…
Josefina Maller
Reparem como é bela a nossa Língua Portuguesa bem escrita!
«Às vezes, ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido» (Fernando Pessoa).
Como é bom ser grato pelas pequenas coisas da vida!
A gratidão vai além de agradecer, é um estilo de vida, um jeito novo de ver todas as coisas: tudo é bênção ou aprendizagem.
Se durante o meu dia e a noite tudo correu bem, cultivo o hábito de agradecer.
Se houve alguma situação de tristeza ou de dissabor, busco aprender com os desafios que a vida me propõe.
Que eu saiba ter um olhar voltado aos pormenores e à simplicidade, e mente e coração abertos para acolher cada acontecimento…
(Texto recebido via e-mail)
Lutar contra blocos de cimento armado é desgastante.
Fingir-me-ei de morta por um tempo breve, para poder renascer…
Estarei num lugar onde a mais pequena flor beneficia do privilégio de ter nascido…
Onde o vento anda à solta e os Cavalos são livres…
Onde o silêncio brinca furtivamente com os pássaros…
Onde as ervas brotam das pedras…
E as águas segredam-me os seus mistérios…
Até breve…
Isabel A. Ferreira
. Celebrando o Dia Mundial ...
. «Ouves o vento a passar?»...
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