Será que os actuais professores de Português têm conhecimento do conteúdo do texto que se segue?
Será que os actuais professores de Português andam a ensinar Português aos alunos?
Ou andarão apenas a obedecer, servilmente, a quem nada sabe da Língua Portuguesa (refiro-me à Língua Portuguesa), desprezando com isso a nobre missão de ENSINAR?
... porém, insistir no HERRO é insano...
Por Amadeu Mata
Fonte:
Compêndio de Gramática Portuguesa 1º e 2º anos do Liceu, Porto Editora, páginas 325 e 326, conforme a escrita correcta das palavras segundo as normas oficialmente ainda estabelecidas.
Três Princípios Gerais:
1º - Não se escrevem letras geminadas ou dobradas;
Exceptuam-se rr e ss, que, entre vogais, conservam respectivamente o som sonoro e surdo: torre, carro, massa.
Obs :
Em connosco, comummente, ruimmente, não há letra dobrada, mas uma ressonância nasal e uma consoante.
2º - Só se escrevem as letras finais b, c, d, g, t (ainda que se não pronunciem) nos nomes próprios bíblicos consagrados pelo uso: Jacob, Job, Isaac, David, Gog, Josafat, e ainda em Cid, Madrid, Valhadolid, Calecut ou Calicut.
O n final só se escreve quando se pronuncia e não torna nasal a vogal anterior: alúmen, glúten, líquen, mas gérmen ou germe, regímen ou regime.
3º - Em geral não se escrevem letras que representam consoantes que se não pronunciam.
Exceptuam-se o c e o p dos grupos cc, cç, ct, pc, pç, e pt nos casos seguintes:
abstracto, acção, accionar, actual, acto, actor, actuar, actuação, actualização, activo, accionista, adoptar, adopção, adjectivo, arquitectura, arquitecto, arquitecta, atracção, aspecto, afecto, baptismo, colecta, colectivo, característica, correcto, correcção, corrector, defectivo, detectar, difracção, directo, direcção, distracção, efectivo, erecto, espectador, espectáculo, espectro, exacto, excepção, excepto, expectativa, faccioso, factor, factura, fraccionário, fracção, friccionar, inactivação, indirecto, infecção, infectado, intelecto, intelectual
insecticida, inspector, inspecção, lectivo, leccionar, nocturno, objecção, objectivo, objecto, optimista, projecção, projecto, perspectiva, predilecção, prospectiva,reacção, respectivo, recepção, receptáculo, reflectir, retrospectiva, sector, sectário, sectorial, sectarismo, selecção, selecto, seleccionar, tacto, tecto, tracto, tractor, tracção, trajectória, vector, vectorial ..........
Egipto e egípcio
corruptor e corrupto
carácter e caracteres
contacto e contactar
facto e factual
interrupção e interruptor
micção
pacto e pactuar
eléctrico e electricidade
bactéria e bactericida
Obs:
O grupo sc conserva-se no interior de palavras, quando se pronuncia, mas cai o primeiro elemento, quando inicial; consciência, proscénio, mas ciência, cena cenário, ciático, cindir.
O u de gu e qu pronuncia-se, quando está seguido de a ou o;
não se pronuncia, quando se segue e ou i: língua, quase, qualidade, quota, sangue, que, queimar, quilo, quimera; mas equestre, equidade, frequência sanguíneo.
Obs:
Como consequência do princípio, escrevem-se nos grupos consonânticos as letras que representam consoantes que se pronunciam em Portugal e no Brasil, ou num só dos países:
súbdito, obter, dicção, amígdala, indemne, designar, ruptura, amnistia, afta, ficção, aritmética, indemnizar, Agnelo, interruptor
Grafia das Consoantes e dos grupos consonânticos
Casos particulares
O h mantém-se no princípio de palavra, quando a etimologia, uma longa tradição ou uma convenção o justifica:
Haver, hera, hoje, humano, húmido, harmonia, haurir, harmónico, hábil, habilitar, humor, há , hem? , hum !
Escreve-se úmero, ombro, ontem, Espanha, porque a etimologia o exige; erva, ervaçal, ervanário (formas populares)
. suprime-se o h inicial:
Fora disto, só se usa o h quando, posposto a c, l ou n, representa os fonemas ch, lh, nh de palavras como chave, filho, ninho.
Os grupos finais de origem hebraica ch, ph e th conservam-se em próprios, quando soam ch = c, ph = f, th = t: Baruch, Moloch, Ziph, Loth, mas eliminam-se, quando se não pronunciam: José Nazaré. Note-se Judite
Quanto à ortografia, que precede a gramática.
A separação de famílias lexicais ('se[c]tor'/'sectorial'; ve[c]tor/ vectorial;
'cará[c]ter'/'característica'; 'Egi[p]to'/'egípcio') é fatal para a apreensão do significado das palavras e da sua origem etimológica, e do seu parentesco face a outras línguas europeias.
Fazer depender esta ortografia do conceito de "pronúncia culta" (que ninguém sabe definir) é um grosseiro atentado à seriedade intelectual. Fazer aprovar um "acordo ortográfico" à revelia da comunidade científica, e com a oposição expressa da esmagadora maioria dos seus agentes, é uma aberração.
Em suma o AO90 é um "aborto ortográfico".
Por Amadeu Mata
Fonte:
Compêndio de Gramática Portuguesa 1º e 2º anos do Liceu, Porto Editora, páginas 325 e 326, conforme a escrita correcta das palavras segundo as normas oficialmente ainda estabelecidas.
Três Princípios Gerais:
1º - Não se escrevem letras geminadas ou dobradas;
Exceptuam-se rr e ss, que, entre vogais, conservam respectivamente o som sonoro e surdo: torre, carro, massa.
Obs :
Em connosco, comummente, ruimmente, não há letra dobrada, mas uma ressonância nasal e uma consoante.
2º - Só se escrevem as letras finais b, c, d, g, t (ainda que se não pronunciem) nos nomes próprios bíblicos consagrados pelo uso: Jacob, Job, Isaac, David, Gog, Josafat, e ainda em Cid, Madrid, Valhadolid, Calecut ou Calicut.
O n final só se escreve quando se pronuncia e não torna nasal a vogal anterior: alúmen, glúten, líquen, mas gérmen ou germe, regímen ou regime.
3º - Em geral não se escrevem letras que representam consoantes que se não pronunciam.
Exceptuam-se o c e o p dos grupos cc, cç, ct, pc, pç, e pt nos casos seguintes:
abstracto, acção, accionar, actual, acto, actor, actuar, actuação, actualização, activo, accionista, adoptar, adopção, adjectivo, arquitectura, arquitecto, arquitecta, atracção, aspecto, afecto, baptismo, colecta, colectivo, característica, correcto, correcção, corrector, defectivo, detectar, difracção, directo, direcção, distracção, efectivo, erecto, espectador, espectáculo, espectro, exacto, excepção, excepto, expectativa, faccioso, factor, factura, fraccionário, fracção, friccionar, inactivação, indirecto, infecção, infectado, intelecto, intelectual
insecticida, inspector, inspecção, lectivo, leccionar, nocturno, objecção, objectivo, objecto, optimista, projecção, projecto, perspectiva, predilecção, prospectiva,reacção, respectivo, recepção, receptáculo, reflectir, retrospectiva, sector, sectário, sectorial, sectarismo, selecção, selecto, seleccionar, tacto, tecto, tracto, tractor, tracção, trajectória, vector, vectorial ..........
Egipto e egípcio
corruptor e corrupto
carácter e caracteres
contacto e contactar
facto e factual
interrupção e interruptor
micção
pacto e pactuar
eléctrico e electricidade
bactéria e bactericida
Obs:
O grupo sc conserva-se no interior de palavras, quando se pronuncia, mas cai o primeiro elemento, quando inicial; consciência, proscénio, mas ciência, cena cenário, ciático, cindir.
O u de gu e qu pronuncia-se, quando está seguido de a ou o;
não se pronuncia, quando se segue e ou i: língua, quase, qualidade, quota, sangue, que, queimar, quilo, quimera; mas equestre, equidade, frequência sanguíneo.
Obs:
Como consequência do princípio, escrevem-se nos grupos consonânticos as letras que representam consoantes que se pronunciam em Portugal e no Brasil, ou num só dos países:
súbdito, obter, dicção, amígdala, indemne, designar, ruptura, amnistia, afta, ficção, aritmética, indemnizar, Agnelo, interruptor
Grafia das Consoantes e dos grupos consonânticos
Casos particulares
O h mantém-se no princípio de palavra, quando a etimologia, uma longa tradição ou uma convenção o justifica:
Haver, hera, hoje, humano, húmido, harmonia, haurir, harmónico, hábil, habilitar, humor, há , hem? , hum !
Escreve-se úmero, ombro, ontem, Espanha, porque a etimologia o exige; erva, ervaçal, ervanário (formas populares)
. suprime-se o h inicial:
Fora disto, só se usa o h quando, posposto a c, l ou n, representa os fonemas ch, lh, nh de palavras como chave, filho, ninho.
Os grupos finais de origem hebraica ch, ph e th conservam-se em próprios, quando soam ch = c, ph = f, th = t: Baruch, Moloch, Ziph, Loth, mas eliminam-se, quando se não pronunciam: José Nazaré. Note-se Judite
Quanto à ortografia, que precede a gramática.
A separação de famílias lexicais ('se[c]tor'/'sectorial'; ve[c]tor/ vectorial;
'cará[c]ter'/'característica'; 'Egi[p]to'/'egípcio') é fatal para a apreensão do significado das palavras e da sua origem etimológica, e do seu parentesco face a outras línguas europeias.
Fazer depender esta ortografia do conceito de "pronúncia culta" (que ninguém sabe definir) é um grosseiro atentado à seriedade intelectual. Fazer aprovar um "acordo ortográfico" à revelia da comunidade científica, e com a oposição expressa da esmagadora maioria dos seus agentes, é uma aberração.
Em suma o AO90 é um "aborto ortográfico".
. O "aborto ortográfico" qu...
. O "aborto ortográfico" qu...