É um regalo para os nossos olhos ler este Jornal.
Na diáspora os Portugueses são Portugueses e respeitam a sua História, a sua Língua, a sua Cultura.
Neste Jornal, foi publicado o artigo que aqui reproduzo (espero que o «Lusitano de Zurique» não se importe) mas é importante mostrar ao mundo que Portugal e a Língua Portuguesa existem, e têm esta bandeira
Neste artigo, Francisco Miguel Valada expõe a estranheza com que agora vemos a nossa Língua Portuguesa escrita tão desrespeitosamente por quem a devia defender.
Mas nem tudo está perdido, porque existem oásis em Zurique, e posso acrescentar também em Angola, com o Folha 8 , e nas comunidades portuguesas, descendentes do Homo Erectus, que já existiu em Portugal, e ainda bem que emigraram, porque cá dentro, muitos já retrocederam para o Homo Reptilianus.
Bem-haja «Lusitano de Zurique»!
Bem-haja Francisco Miguel Valada!
Isabel A. Ferreira
Fonte: https://online.fliphtml5.com/lgioc/aboo/#p=1 (página 28)
Carlos A. Coimbra é um Português que vive em Toronto (Canadá), mas não deixou de ser Português, e está atento aos desmandos que se passam em Portugal no que à Língua Portuguesa diz respeito, e também em todos os outros sectores. Aliás, já aqui publiquei uma sua excelente lição de Português, em três partes, intitulada:
E o que se passa em Portugal ENVERGONHA as Comunidades Portuguesas em todas as partes do mundo. Na Suíça, por exemplo, temos este exemplo:
Carlos A. Coimbra enviou-me, via e-mail, esta sua perplexidade, que é também a minha perplexidade e a perplexidade de TODOS os Portugueses dotados de LUCIDEZ.
«O que se passa em Coimbra?
Lido no rodapé da RTP:
A Universidade de Coimbra celebra com cultura os 200 anos da independência do Brasil.
Câmara faz acordo para ter sucursal do Museu da Língua Portuguesa de São Paulo.
E agora isto?
Com cultura? Qual cultura, como se não adivinhasse...
Haverá muitos brasileiros a estudar lá?
Querem mais?...
Eu não evito comparar com o Reino Unido e os EUA. O RU não comemora nada e os EUA, quando é ocasião, lembram que puseram fora a monarquia.
Portugal assim suicida-se.
Carlos A. Coimbra»
***
E o suicídio é o que os paridores desta trama bem urdida esperam para acabar com Portugal.
E o povo, tanso e manso, lá do alto das suas cátedras (pois não me refiro aos analfabetos, nem àqueles que têm apenas a quarta-classe do Ensino Básico), curvando-se, até bater com o nariz no chão, servem, muito subservientemente, a gleba brasileira.
Até dizem que a maior universidade brasileira fora do Brasil é a de Coimbra, consultem este link: https://www.dn.pt/sociedade/a-maior-universidade-brasileira-fora-do-brasil-e-esta-o-que-e-que-coimbra-tem-4874875.html
E é isto que temos, neste nosso pseudo-país.
Que saudades que eu tenho de Dom Afonso Henriques e de Dom Diniz! Nesse tempo, Portugal estava cheio de PORTUGUESES! Hoje, está cheio de LAMBE-BOTAS e PAUS-MANDADOS, nos mais altos cargos do País.
Origem da imagem: https://www.cm-coimbra.pt/areas/visitar/ver-e-fazer/monumentos/universidade-de-coimbra
Esta já NÃO é mais a Universidade onde estudei, e que me deu a conhecer os VALORES de Portugal - o MEU País.
Hoje, esta Universidade de Coimbra, é a universidade dos traidores da pátria, que não têm um pingo de vergonha na cara, porque só tem vergonha na cara, quem tem HONRA.
Isabel A. Ferreira
(Já lá vou a este assunto).
Depois de uma pausa a que me obriguei, para repor as forças que já me iam faltando, regressar ao caos não está a ser nada fácil, até porque a minha vontade era permanecer na minha bolha harmoniosa.
Mas RESISTIR é preciso.
E é preciso porquê? Por dois motivos:
Primeiro: por respeito àqueles Portugueses que, no estrangeiro, vão resistindo, para que a Língua Portuguesa (*) não se extinga. Afinal, a Língua Portuguesa é o elo que os une entre si e à Pátria, que tiveram, necessariamente, de abandonar, por não existirem políticas que lhes permitissem VIVER no seu próprio País, com um mínimo de dignidade. Não são apenas as guerras insanas, perpetradas por gente insana, que escorraçam os Povos do seus Países. São também os governantes inúteis, incompetentes, desonestos, corruptos e alguns deles também insanos, que se empoleiram no Poder para se servirem a si próprios e às máfias que os sustentam.
Segundo: porque logo no dia 01 de Agosto, no Primeiro Jornal da SIC, às 13 horas, e a propósito do repugnante acto racista contra os filhos de dois actores brasileiros, num restaurante de praia, na Costa da Caparica, e da triste cena que se seguiu, o comentador-mor de tudo e mais alguma coisa (excepto daquilo que não lhe convém) ou seja, o presidente da República disse que em Portugal não havia um racismo generalizado, excepto pontualmente, no que respeita à Língua Portuguesa, onde se revela racismo e xenofobia contra os Brasileiros. Mas que raio de exemplo foi ele buscar?!!!!
Devemos ouvir isto e calar-nos?
Obviamente que, para Marcelo Rebelo de Sousa, os defensores da Língua Portuguesa, que rejeitam com veemência e apropriadamente a grafia do AO90, por esta ser quase cuspida e escarrada a grafia brasileira, em vigor, no Brasil, desde 1943, e que em nada nos diz respeito, são racistas e xenófobos, demonstrando, deste modo, um desconhecimento total do significado de racismo e de xenofobia.
Já agora, os Portugueses não podem DEFENDER o que ele, como presidente da República Portuguesa, tem o DEVER e a OBRIGAÇÃO de defender e não defende, porque opta por defender interesses que não interessam a Portugal e aos Portugueses?
Defender a nossa Cultura Linguística nada tem a ver com racismo ou xenofobia, mas unicamente com HONRA, algo que falta àqueles políticos portugueses que estão altamente envolvidos na deliberada destruição da Língua Portuguesa.
Regressando ao título deste texto:
Fui contactada pelo director-adjunto do Jornal «LUSITANO», o qual desconhecia totalmente, com a seguinte mensagem:
«Editamos um pasquinzinho (https://yumpu.com/user/araujomota) para a Comunidade portuguesa na Suíça e somos contra o AO.
Porque é importante o texto que publicou no seu blog (https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/desde-ontem-que-o-grupo-novo-movimento-380362), pergunto se nos permite a publicação na edição de Julho/Agosto.»
Obviamente, autorização concedida (nem era preciso concedê-la, pois desde que se mencione a fonte dos textos, tudo o que publico no Blog é passível de partilha, em qualquer Jornal, de qualquer parte do mundo) o texto foi publicado na edição cuja capa aqui reproduzo.
Agradeço a honra que me deram, e celebro com toda a minha fibra portuguesa ao facto de os mentores do «LUSITANO» de Zurique não se rebaixarem ao SERVILISMO, podendo, desse modo, proporcionar à Comunidade Portuguesa, na Suíça, uma leitura HONESTA em Língua Portuguesa.
Um BEM-HAJA aos mentores do «LUSITANO».
***
(*) Apenas para que não haja qualquer dúvida: a Língua Portuguesa é a Língua Portuguesa. Ponto. O Português é o Português. Ponto. Não existe Português Europeu. Existe Português. Ponto. Assim como NÃO existe Francês Europeu, Inglês Europeu, Alemão Europeu, Castelhano Europeu. Todas estas Línguas são Indo-Europeias. Ponto. Todas as outras línguas delas derivadas, são VARIANTES ou DIALECTOS. Ponto. Não existe Português brasileiro. Ponto. O que existe é a Variante Brasileira do Português.
NÃO existe Português guineense, Português angolano, Português timorense, Português moçambicano, Português cabo-verdiano, Português são-tomense. Não existe. Portanto, há que mudar o paradigma da designação da Língua Portuguesa, que é apenas UM, e desse UM nasceram as VARIANTES. A LÍNGUA PORTUGUESA é a Língua pOrtuguesa. Ponto final.
Nenhum outro País do mundo anda com estas NIQUICES ao redor das suas Línguas Nacionais e OFICIAIS. Portugal tem HONRA, mas os nossos governantes NÃO a honram, porque não têm honra. É preciso começar a honrar a HONRA PORTUGUESA, para que possamos ser um País entre Países, e não uma reles República DOS Bananas, sem rei nem roque, que tem com um presidente que NÃO defende Portugal e os interesses dos Portugueses.
Isabel A. Ferreira
. O «LUSITANO» de Zurique é...