De Jorge Pacheco de Oliveira a 26 de Agosto de 2024 às 12:02
Cara Isabel
Se a língua falada no Brasil passar a ser designada por “brasileiro”, isso é uma boa notícia para nós.
Acaba-se o “português de Portugal” e o “português europeu”, não se justificando qualquer acordo ortográfico, pelo que o AO90 pode ser revogado com toda a naturalidade.
Cumprimentos
Jorge Oliveira
Caro Jorge Oliveira, há muito que, neste Blogue, venho a vaticinar a certeza de a linguagem que se fala e escreve no Brasil, vir a chamar-se o que há muito já é: Língua Brasileira.
Esta possibilidade não será para amanhã. Sabemos disso, mas já está a ser cozinhada pelos decisores políticos há muito tempo. Só quando a Língua Portuguesa estiver completamente desfeita, eles avançarão. Por isso, é importante recuperar a NOSSA Língua antes que isto aconteça, para que a notícia possa ser realmente boa.
Não se acaba o “Português de Portugal” ou o “Português Europeu”, porque tal, simplesmente não existe. O que existe é a Língua Portuguesa, a ÚNICA, a que Angola tem como Língua Oficial. No Brasil o que vigora é a Variante Brasileira do Português. É preciso saber discernir.
O AO90 jamais poderá justificar o que quer que seja, porque não existe, é ilegal, é inconstitucional, ninguém sabe aplicá-lo, porque ele é inaplicável. O que existe é uma mixórdia ortográfica única no mundo, para VERGONHA de Portugal.
O AO90, não estando em vigor e sendo ilegal, não pode ser revogado, mas simplesmente eliminado, como um lixo ortográfico que nos quiseram impingir. Mas nós rejeitamos esse lixo. Temos a NOSSA Língua que preservaremos com todas as garras de fora.
Cumprimentos também para si.
Obrigada pelo seu comentário.
De Susana Bastos a 27 de Agosto de 2024 às 17:22
Cara Isabel, é capaz de dizer que a língua em que está escrita a Constituição brasileira não é português? Leia... (até lá vem "desporto", em vez do habitual "esporte").
Cara Susana Bastos, eu conheço a Constituição da República Federativa do Brasil do ano de 1988.
E ela está escrita no que virá a ser a Língua Brasileira. Para já está escrita na Variante Brasileira do Português.
Começa logo no início:
ATO [do verbo ATAR] das Disposições Constitucionais Transitórias
ATOS [que será isto em Português?] decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º
E mais: AssemblÉia; ação; patrimÔnio; não haverá juízo ou tribunal de exceção; interesse coletivo; registRo... enfim... isto NÃO é Português. E se lá está escrito DESPORTO e não “esporte” é porque num documento oficial a linguagem não pode baixar ao nível das favelas.
Há que ter em atenção que a Constituição é um Documento oficial, e não está escrito na Língua do POVO.
Eu admirava muito o presidente Michel Temer, com a sua pronúncia correctíssima, apesar da sua escrita ser conforme a Variante Brasileira do Português. É que a ortografia é uma coisa, e a fonologia é outra coisa, e as duas coisas combinadas, fazem toda a diferença.
Não percebo o vosso problema de NÃO aceitar como EVIDÊNCIA que no Brasil NÃO se escreve e muito menos se fala o Português. E aqui só estão incluídas a ortografia e a fonologia. Se formos para o léxico, para a sintaxe, para a morfologia, para a semântica e construção frásica temos uma linguagem muito, muito distanciada do Português.
Nunca houve problema algum, quando nós, Portugueses, ainda falávamos o dialecto Galaico-Português. Ficámos contentes por termos uma Língua só nossa. Mas nunca desprezámos o dialecto Galaico-Português.
Nunca houve problemas com o Crioulo Cabo-verdiano.
Mas há com do Brasil, mais o seu dialecto. Porquê, a não ser por motivações políticas obscuras?
De Susana Bastos a 28 de Agosto de 2024 às 15:08
Oh Isabel, então o inglês americano com as diferenças ortográficas que tem em relação ao inglês britânico também é outra língua? Ora, ora. Aceite que o que se fala e escreve no Brasil AINDA é português e AINDA não é outra língua. Será um dia, mas isso ainda levará o seu tempo. Cientificamente assim é, qualquer linguista lho dirá. Aceite também que uma língua tem variações e variantes, elas até existem no território nacional (um açoriano de São Miguel, por exemplo, até parece que fala outra língua).
Susana Bastos (desconfio que não seja bem Susana) não existe inglês americano, nem inglês britânico. Existe a Língua Inglesa e a Variante Americana do Inglês. E isso nota-se no modo de falar e na escrita, e ninguém precisa de ser linguista, para o saber. Basta ter estudado em profundidade a Língua Inglesa.
Jamais aceitarei que o que se escreve e fala no Brasil é Português, porque NÃO é. Só quem desconhece a Língua e a sua Variante e nunca lá estudou e viveu, ou tem motivações políticas obscuras (nada nesta guerra das línguas entre Brasil e Portugal tem a ver com LINGUAGEM [não queiram fazer-nos de parvos]) é que vê chifres em cabeça de cavalo.
Um LINGUISTA a sério, não desses linguistas malaqueiros que jorram por aí a tentar fazer de parvos quem tem saber empírico sobre a matéria, dir-me-á o que estou farta de dizer, porque só um calhau, daqueles muito calhaus, é que não consegue ver as monumentais diferenças.
As Línguas têm as suas Variantes = Dialectos, e a variante de um idioma NÃO é O idioma. Só um ignorante pensará, ou melhor, achará, porque não tem capacidade para pensar, se pensasse não acharia, que a variante de um idioma é O idioma que lhe deu origem.
Só um parvo não aceitaria os dialectos insulares portugueses, alguns deles incompreensíveis, que bem poderiam ser considerados como outra Língua, tal como o é o Mirandês.
Vejamos o caso de Espanha que tem quatro Línguas: o Castelhano, o Galego, o Catalão (que quem não sabe Castelhano pode até compreender mais ou menos) e o Basco, inacessível à compreensão de quem não domina essa Língua.
E NÃO existe língua espanhola ou espanhol, como corre por aí.
Daquilo que a “Susana” me dá a conhecer com este tipo de “conversa” é uma daquelas pessoas ao serviço dos muito subservientes decisores políticos, que estão amarrados a uma desmedida trapaça, e são assaz COBARDES para sair dela.
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