Para que conste, aqui deixo o cartaz da indignação, e o meu repúdio por esta afronta à memória de Eça de Queiroz.
O Ano de 2025 começou mal, com atitudes políticas incompreensíveis.
Eça merecia honras de Panteão, se não pertencesse à terra, ao chão, à simplicidade das serras...
Muito, muito lamentável, obrigar Eça, depois de morto, a ir plantar-se num lugar que recusaria, se lhe tivessem perguntado...
E isto não se faz a um nome maior da Literatura Portuguesa...
Eça não pertence aos políticos, mas ao Povo, que o lê, que o venera, como um dos nomes maiores da Literatura Portuguesa.
Só quem não lhe conhece a Obra e o Pensamento é que pode considerar que ele gostaria de ter os seus restos mortais no Panteão Nacional.
Lamento que Afonso Reis Cabral, presidente da Fundação Eça de Queiroz, trineto do escritor, não tivesse alcançado o erro que cometeu ao ter cedido aos políticos, caindo na armadilha das honras que Eça NÃO vai buscar ao Panteão, porque não precisa delas.
Não é o Panteão que fará Eça ser o que sempre foi, na sua Sepultura, simples, sempre bem cuidada e visitada por tanta gente, em Santa Cruz do Douro, em Baião.
No Panteão, terá a visita provavelmente de turistas, que nunca o leram.
Talvez um dia, numa outra volta da existência, Eça possa regressar a Baião, e Tormes volte a ser o lugar de Eça.
Isabel A. Ferreira
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