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De Diana Coelho a 6 de Setembro de 2021 às 16:33
Os acordistas continuam a não assumir a asneira que fizeram e escondem-se. E depois vê-se esse mixordês espalhado pelo país como eu vi, recentemente, num Museu em Miranda do Corvo. Ora, um museu é uma instituição cultural e ver placas informativas cheias de erros ortográficos é vergonhoso. Encontrei frases como estas:
. "O principal objetivo do uso do calçado era a protecção";
. "A olaria apareceu no Período Neolítico, na Mesopotâmia, à cerca de 9000 a.C. A roda de Oleiro terá surgido a cerca de 4500 a.C. no antigo Egito".
No primeiro exemplo temos o AO90 misturado com o Português correCto; no segundo exemplo, "à cerca" e "a cerca", quando deveria estar escrito "há cerca". Enfim, é o que temos. O que nos vale são pessoas que se preocupam em escrever bem e eu, apesar de não ser nenhuma especialista, tenho essa preocupação. E foi bom ouvir o meu filho mais velho dizer "Mãe, objectivo está mal escrito e protecção bem escrito". Está bem ensinado, o cachopo.
De Isabel A. Ferreira a 6 de Setembro de 2021 às 19:19
Diana Coelho, obrigada pelo seu excelente testemunho.

Na verdade é vergonhosa a linguagem que está disseminada pelos nossos monumentos públicos. Diz tudo sobre a ignorância dos governantes que temos, e que deixam chegar isto a um ponto indizível.

Os meus netos, de 12 e 9 anos também sabem reconhecer os erros ortográficos que encontram nos manuais e por aí afora. E dizem-me que nas escolas só escrevem COM ERROS porque as professoras ralham e penalizam quando escrevem correCtamente.

E isto é o maior dos crimes.

Só lhes digo para não esquecerem que a grafia deles é a Portuguesa. A outra é de uma Língua estrangeira (que ainda há-de ser).

Quem deviam ser penalizados eram os professores, que sem a mínima Ética profissional, dizem aos alunos que escrevem correCtamente que eles é que estão errados.
De Diana Coelho a 6 de Setembro de 2021 às 21:41
De facto, os professores ralham e penalizam quem escreve correctamente (mas depois vão para aqueles grupos das redes sociais dizerem que são contra o AO90). O meu filho mais velho já se queixou disso e eu, tal como a Isabel, digo-lhe para não esquecer como se escreve correctamente. Eu não quero que ele seja prejudicado e, por isso, segue o que os professores de português lhe pedem. Mas faço questão que os meus filhos conheçam a verdadeira grafia - a Portuguesa - e o motivo que me leva a insistir tanto nessa mesma grafia. Sei que não me vou arrepender. ;)
De Isabel A. Ferreira a 7 de Setembro de 2021 às 18:05
Obrigada pelos seus comentários, Diana Coelho.

Pois eu fico surpreendida com esses professores, que além de penalizarem os alunos que escrevem correctamente vão de facto, para as redes sociais escrever comentários de bradar aos céus, em mixordês.

Faz bem em manter os seus filhos informados das duas grafias que pertencem, uma, à nossa Língua, outra, a uma Variante da nossa Língua.

Eu faço o mesmo com os meus netos, e SEI que também não vou arrepender-me.
De Diana Coelho a 6 de Setembro de 2021 às 22:01
Já agora aproveito para fazer um comentário a uma frase do seu texto "Portugal não tem uma Língua que o identifique."

Pois não, não tem. E esta manhã a Google informou-me disso. Segundo a Google, a frase "Recuperar nome de utilizador. Insira os dados para recuperar o seu nome de utilizador. Telemóvel" está em Galego e a frase "Recuperar nome de usuário. Insira os dados para recuperar seu nome de usuário. Celular." está em Português!! Segundo a Google, a língua que identifica Portugal é o Galego!
De Isabel A. Ferreira a 7 de Setembro de 2021 às 18:06
Isto que nos conta, Diana Coelho, é algo surrealista, que só a um País, governado por gente tão subserviente, poderia acontecer. Mas antes ser identificado pelo Galego do que pela Variante sul-americana, a que ainda chamam “português”, e que nada nos diz. O Galego é uma Língua que nos pertence, nossa irmã, e que foi erradicada da Galiza pelo Castelhano, mas passados tantos séculos, reergueu-se e hoje é a Língua Oficial da Galiza e é ensinada nas Escolas. O NOSSO Português está quase a desaparecer, mas não desaparecerá enquanto houver Portugueses fiéis à sua Cultura Linguística, e um dia ele renascerá, tal como o Galego renasceu.

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