A professora dirigia-se a jovens que queriam seguir a carreira docente. E eu não pude estar mais de acordo com o que esta professora disse, pois ando sempre a dizer que o ensino da Língua Portuguesa, repito, da Língua Portuguesa, é o pilar de todas as disciplinas, e se professores e alunos escreverem cada um para o seu lado, misturando, Português, Acordês e Brasileirês, jamais o sucesso escolar será alcançado, e os alunos, que saírem das Universidades, a não saberem escrever correCtamente a sua Língua Materna – a Língua Portuguesa (e não o Acordês, nem o Brasileirês), jamais conseguirão ser uns profissionais de primeira água.
Se eu estivesse a entrevistar esta professora perguntar-lhe-ia o que é que ela entendia por “escrever correCtamente”, em Portugal? Sim, porque em Portugal, actualmente, e como já referi, praticam-se três estilos ortográficos: o Português, o Acordês e o Brasileirês. E isto é à escolha do freguês.
Nunca, como hoje, dar aulas de Português se tornou numa babilónia ortográfica, bem patente nos escritos das crianças, mas também nos escritos dos jovens, dos professores, dos políticos, dos governantes, dos jornalistas e escritores servilistas, e dos seguidistas, que sem saberem porquê, escrevem “incurrêtâmente”, porque agora é assim… Dizem. É assim, exactamente: numa espantosa IGNORÂNCIA!
Portugal anda descarrilado em todos os serviços prestados «a uma população que anda “anestesiada” não se apercebendo dos perigos que corre, pois nada no discurso político sobressai sobre essas ameaças [por exemplo, digo eu, o querer, por motivos obscuros, que os Portugueses escrevam à brasileira] (…), o que é corroborado pela passividade bovina da generalidade da comunicação social (quando não as escamoteia) e das instituições nacionais, “que aos costumes dizem nada”, citando o Oficial Piloto Aviador (na reforma), João José Brandão Ferreira.
E os intelectuais portugueses, que constam de extensas listas, como sendo contra o AO90, NÃO estão dispostos a não serem mais do que nomes nessas listas, e pouco se importam que a Língua Portuguesa esteja na mó de baixo, e a Brasileira esteja na mó de cima.
É urgente mudar este paradigma. E uma vez mais faço um apelo a esses INTELECTUAIS: saiam da vossa bolha de conforto, e venham LUTAR em DEFESA da moribunda Língua Portuguesa, se não a querem ver morta e enterrada.
Até porque, como disse António M., num comentário a um brasileiro que afirmou que «o Idioma Brasileiro é a referência na Língua hoje em dia (…) e que manda quem pode, obedece quem tem juízo (…) e viva a Língua Brasileira!» - «nem os Ingleses, que estão há décadas no Algarve (caso não saiba é a região mais a sul de Portugal) conseguiram impor a Língua Inglesa como língua oficial no nosso pequeno país, quanto mais os Brasileiros; nem os Espanhóis o conseguiram quando, no fim dos anos 90 do século XX, bem tentaram "colonizar" Portugal com a invasão de música espanhola e com a introdução da Língua de "nuestros hermanos" nas escolas públicas no nosso país, [não esquecer esse fracasso, também no tempo dos Filipes] quanto mais os Brasileiros. E se as crianças portuguesas andam por aí "falando brasilêro" é porque acham graça, não é por se sentirem colonizadas. Também eu, de quando em vez, solto umas expressões "brasilêras", porque adoro, mas não é isso que me faz escrever "à brasilêra". Pense bem antes de soltar asneiras porque, ao contrário do que você julga, há Portugueses, Brasileiros, Africanos, Timorenses, Indianos, Macaenses, Ingleses, Ucranianos e tantos outros estrangeiros a honrar Portugal. E todos juntos são muitos milhões. (…)
[Consultar: https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/defender-a-lingua-portuguesa-e-um-dever-393963?tc=115246984306]
A RTP é mestra na grafia truncada. Daí que olhar para a primeira imagem, onde as palavras adePtos e recePção estão correCtamente escritas, leva-me a crer que das duas uma: ou quem estava de serviço, nesse dia, era mão-de-obra portuguesa qualificada, pois rejeita o acordês, por este ser uma extensão da ignorância; ou era mão-de-obra brasileira, que, excePcionalmente, escreve correCtamente alguns poucos vocábulos, que se safaram à mutilação.
Vamos a uma amostrinha de brasileirismos nas televisões Portuguesas?
E pensar que andam por aí a massacrar quem usa os anglicismos do Mundo da Informática!!!!!
Isabel A. Ferreira
Para "parabenizar" consultar este link:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/ao-redor-da-palavra-parabenizar-124837
De Diana Coelho a 9 de Outubro de 2022 às 10:28
Permita-me acrescentar outra amostrinha de brasileirismo. Em Junho, ao efectuar a matrícula dos meus filhos no ensino público, deparei-me com as seguintes questões no Portal das Matrículas:
• O/A SEU/SUA EDUCANDO/A FREQUENTA A ESCOLARIDADE COM UM RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÔGICO, TAL COMO CONSTA NA LEGISLAÇÃO ALUSIVA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA?
• O ALUNO TEM ACESSO A INTERNET?
Fui só eu que reparei nisto? Será que outros encarregados de educação repararam? Durante muito tempo não quis acreditar que o Acordo Ortográfico de 1990 era uma forma subtil de abrasileirar a nossa língua, mas depois de tudo o que já vi não restam dúvidas. E no que diz respeito ao Acordo Ortográfico de 1990 “Manda quem pode, mas NÃO obedece quem tem juízo.”
Diana Coelho, este seu comentário deixou-me atónita e se não viesse de quem vem, diria que era alguém a querer gozar connosco.
O que se passa é absolutamente INSULTUOSO. Além da parolice da linguagem o/a, seu/sua, educando/educanda, que só demonstra uma ignorância crassa da Língua Portuguesa, é aquele “pedagÔgico” à brasileira, como se quisessem meter-nos olhos dentro, à força, uma linguagem que NÃO nos pertence; e a pergunta alusiva à tal “educação inclusiva”, uma moda que não tem razão de ser.
Então a Educação NUNCA foi inclusiva, em democracias? Em ditaduras e governos xenófobos e racistas sabemos que não, mas em democracias já não teríamos uma “educação inclusiva” há muito?
Eu estudei no Brasil, em Portugal e numa escola inglesa, e sempre tive colegas e professores de todas as cores, de todos os extractos sociais, de todos os sexos (cheguei até a ser a melhor amiga de um jovem que nasceu feminino num corpo masculino) e com deficiências…
Porquê esta fixação no “inclusivo” que até já chegou à Linguagem, transformando-a numa pirosice digna apenas de idiotas?
Esta moda da “educação inclusiva” NÃO pretende integrar os que são “diferentes” na comunidade. Pretende apenas que estejam num PEDESTAL para que todos vejam que são “diferentes”. E isto é insultá-los.
Fazem tudo para dar nas vistas. Quando a integração é algo que deve ser natural e discreta, para que TODOS sejam vistos da mesma maneira, ou seja, como semelhantes, porque ninguém é igual a ninguém. Um filho nosso NÃO é igual a nós, é um nosso semelhante, com vida própria, com um SER próprio.
Diana Coelho, o Acordo Ortográfico de 1990, desde que foi concebido, teve como objectivo pôr os portugueses a escrever “à brasileira”, e se os professores e pais dos alunos tivessem dado ouvidos a quem GRITOU essa intenção, desde o início, talvez não tivéssemos chegado a esta situação RIDÍCULA: um País livre e soberano, um Estado de Direito, berço de uma Língua das mais belas e antigas da Europa, ter trocado a sua Língua Oficial pela Variante Brasileira de si própria.
Isto só de um País governado por IGNORANTES, com um Povo tanso e manso, que não sabe distinguir o trigo do joio.
E é isso que diz, Diana Coelho: «Manda quem pode, mas NÃO obedece quem tem juízo».
Os Pais lá querem saber do que se passa com a educação escolar dos seus filhos. Se quisessem saber, já teriam tomado uma ATITUDE em massa!
De Camões a 10 de Outubro de 2022 às 12:04
Realmente temos de meter a mão na língua portuguesa, qualquer dia começa a mudar como as línguas fazem desde que existem e depois vai ser uma grande desgraça para as pessoas que querem fazer do português normativo a sua via para a superioridade. Enfim.
Enfim…
Em todo o Planeta, apenas a Língua Portuguesa, uma Língua greco-latina, da Família das grandes Línguas Indo-Europeias, está a ser AMESQUINHADA por um BANDO de ignorantes que ACHAM (por que nem sequer têm capacidade para PENSAR), acham que o que está a passar-se com a Língua «é uma simples “mudança”, porque as línguas, desde que existem MUDAM».
Aí é que se engana “seu” Camões (escolheu mal a alcunha). As Línguas NÃO MUDAM, as Línguas EVOLUEM. E quando evoluem, elas são aperfeiçoadas e adaptadas aos tempos, enriquecidas com novos vocábulos, mas sempre LIGADA às suas raízes, às suas origens. As Línguas são como as pessoas: se perdem o rumo da sua origem, serão apenas linguajares ou pessoas à deriva.
Quando uma Língua MUDA, como MUDOU a Língua Portuguesa, tendo sido MUTILADA, DEFORMADA, DESFEADA, ela perdeu as suas origens, e é realmente uma grande DESGRAÇA para um País, que tinha uma Língua Bela, Íntegra e com História, e por causa de um BANDO de ignorantes, passou a ter um arremedo de língua amixordizada, que nem Língua pode chamar-se.
A Língua Portuguesa é A Língua Portuguesa, uma Língua comparável à Língua Inglesa, à Língua Francesa, à Língua Alemã, à Língua Castelhana, entre outras, que jamais MUDARAM, mas EVOLUÍRAM, e não perderam a SUPERIORIDADE = EXCELÊNCIA. Porquê? Porque nunca tiveram a DESGRAÇA de lhes aparecer pela frente um BANDO de ignorantes a mutilá-las, a deformá-las, a amixordizá-las. E mesmo que tivessem essa desgraça, JAMAIS os respectivos governos, depositários dessas Línguas, permitiriam que lhes “pisassem os calos”, os dominassem, por um simples motivo: nenhum deles tem vocação para ser rastejante, servil, subserviente, porque todos eles são dotados de coluna vertebral, caminhando erguidos, com os pés no chão, EXCEPTO os governantes portugueses, que perderam a dignidade, e rastejam de barriga, a lamber o chão que esse BANDO de ignorantes pisam com pés cheios de esterco. Porque “eles” são apenas um BANDO, não são um PAÍS.
Sim, os Portugueses que prezam o seu País, a sua Cultura, a sua História e a sua Língua, têm o DEVER de DEFENDER esses valores, de um modo ELEVADO, SUPERIORMENTE, se quiserem ser LIVRES, e NÃO CAPACHOS desse Bando de ignorantes mal-intencionados, que para eles tanto faz ter uma Língua íntegra, para fixar o Pensamento do Povo Português, como um palavreado escrito (ou falado) apenas para comunicar o fútil quotidiano das suas vidinhas, cujo horizonte mais longe, acaba nos respectivos umbigos.
Enfim…
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